quarta-feira, 10 de maio de 2017

Realidades da Maternidade #7 - Conversas de cocó

Desde que fui mãe que me apercebi a quantidade de vezes que falo em cocó! E gosto de partilhar os grandes cocós que a Carolina faz, daqueles que vão até ao pescoço, que sujam a roupa toda, que obriga a grandes manobras para conseguir tirar a roupa sem sujar o resto do corpo todo, que obriga a um banho de imersão no lavatório (se quiserem saber mais é só clicar aqui). Quando a Carolina não fazia durante três dias (e até mais em uma ou outra vez) era uma preocupação, quando faz é um misto de alegria com roupa de molho e esfregar o cocó nem que sejam três da madrugada só porque se o cocó seca é muito pior tirar as nódoas. Já comemorei cocós com o mesmo entusiasmo com que comemorei o golo do Éder no final do Europeu! Já protestei com o mau timing dos cocós da rapariga. Moral da história uma mãe nunca está contente quando o tema é cocó. Vá quem ainda não tem filhos depois de ler isto só pode estar em ânsias por ter!

Cocó retirado da internet achei que era melhor do que um cocó real!

quinta-feira, 27 de abril de 2017

O que temos andado a fazer

Tenho andado ausente daqui! Já fui trabalhar, já voltei e agora estou de licença alargada por mais 90 dias e já estou a meio desse tempo. A licença alargada é paga a 25% e tem uma duração máxima de 90 dias para cada progenitor e, embora seja um grande corte no orçamento familiar, nada paga este tempo que estou com a minha filha, os mimos, os beijinhos, as brincadeiras, o viver as conquistas dela. A Carolina já tem 7 meses quase 8... O tempo passa demasiado rápido e eu tenho tentado aproveitar ao máximo todo o tempo com ela. Temos passeado, aproveitado o bom tempo, a Carolina já foi por os pézinhos na praia, temos ido à natação, estamos a preparar o batizado e sobretudo temos estado quase todo o tempo juntas (excepto os momentos em que eu me ausento para idas ao WC mas que quando regresso tenho sempre surpresas, ver imagens, e quando eu me arrasto para ir treinar ao ginásio). A minha casa continua caótica, mas eu estou a borrifar-me para o assunto, vou fazendo o que posso no pouco tempo em que a Carolina está sossegada ou a dormir (as sestas têm sido cada vez mais pequenas e eu já não sei o que fazer mais).

Brincadeiras com o pai no Dia do Pai

Quando fez 7 meses


Primeira vez com o pezinho na areia (não estranhou e não levou à boca o que é surpreendente dado que vai tudo para a boca!)

A comer bolachinhas de aveia com banana feitas pela mãezinha
É isto que acontece quando eu me ausento, a menina é artista, um dia destes vou apanha-la no chão estou em crer!

A passear com os papis

A dormir enquanto passeia (como quase sempre!)

sexta-feira, 17 de março de 2017

Introdução alimentar

Há uma semana começamos com a introdução dos alimentos sólidos após 6 meses e 1 semana de amamentação em exclusivo. Tem sido uma aventura e tanto! 

Fomos à pediatra e ela lá nos deu uma lista de indicações a seguir, com algumas alterações devido ao meu historial de alergias alimentares (desde que nasci que sou uma estragadinha). Falámos do Baby Led Weaning (BLW) e ela concordou que a Carolina está num nível desenvolvimento favorável a este método de introdução dos alimentos. Para quem não sabe ou não está muito familiarizado o BLW é um método de introdução dos alimentos em que os mesmos são oferecidos aos bebés para que os possam manipular e levá-los à boca de forma autónoma, é o bebé que seleciona o que quer comer, tendo em conta o que é apresentado, e quanto quer comer.  Já li bastante sobre isto e recentemente houve uma reportagem na SIC sobre BLW, mas decidi optar por uma combinação entre este método e o tradicional, assim sendo comecei por dar a sopa e agora na introdução da fruta ofereci a maça cozida ligeiramente, pois um dos princípios do BLW é não oferecer alimentos demasiado duros ou pelo contrário desfeitos. Devagarinho, sem pressas, sem grandes fundamentalismos! A introdução dos alimentos sólidos aos 6 meses é considerada uma alimentação complementar, como o próprio nome diz complementar a amamentação, por isso a Carolina vai continuar a mamar as vezes que quiser enquanto quiser. O que me leva a escolher por esta combinação? Se calhar a necessidade de controlar se a Carolina realmente está a comer alguma coisa ou não, se calhar porque a Carolina não tem aumentado o peso como esperado e na última pesagem estar abaixo do seu percentil habitual e assim achar que ela vai “engordar” como deve ser. Se calhar porque é mais confortável para mim, não sei explicar com precisão quais os motivos, mas esta foi a escolha que fiz e assim não está a correr mal. Quem sabe daqui a mais um mês ou dois não mudei já a maneira de pensar e já esteja a fazer um BLW puro. Não percam as cenas dos próximos episódios! 

A Carolina demonstra interesse pela comida, quer dizer ela leva tudo à boca no geral o que facilita. Suga a maça como se não houvesse amanha, mete as mãos na taça da sopa e faz uma pintura rupestre, mama na colher (ainda é um bocado trapalhona a comer com a colher), agarra na colher, há sopa por todo o lado, é um espetáculo digno de ser visto. Não forço se não quer comer e isto é um dos princípios do BLW o bebé alimenta-se com a quantidade que quer e se não quiser comer não devemos levar os alimentos à boca, embora eu esteja a fazer uma grande batota porque lhe estou a enfiar a sopa com a colher. Dá para perceber a confusão que vai para aqui na minha cabeça? Concordo com as vantagens, com os princípios, mas nesta fase inicial sinto mesmo a necessidade de saber a quantidade que ela come de sopa e depois chafurda na fruta à vontade! Em breve irei oferecer-lhe os legumes para a mão para ver como corre.


P.S.: Lembram-se que a Carolina era um bocadinho preguiçosa com os seus cocós? Pois bem desde que começou com as sopas que é cocó todos os dias e vários por dia, sou uma mãe mesmo orgulhosa!

Aqui está ela na primeira sopa

terça-feira, 14 de março de 2017

Mudar fraldas no carro

Fomos passear até Sintra, o tempo não estava muito favorável, mas fomos. Como sempre no fim-de-semana foi muito difícil arranjar lugar, mas depois de umas voltinhas e alguma paciência lá estacionámos. Demos início ao procedimento “tirar a Carolina do carro”. Como íamos andar bastante é mais prático usar o sling do que o carrinho e por isso tirámos a rapariga do ovo, vestimos o casaco, colocamos o gorro e quando olho para ovo, só para ver se não me tinha esquecido de nada, vejo uma mancha… Oh Diabo que é isto?! A Carolina estava ao colo do pai e eu virei-me para ela e fui à procura do que tinha originado a mancha, como se não soubesse já… Que lindo momento! Faz sempre cocó nas piores alturas (coitadinha agora já não pode fazer o cocó quando bem lhe entender). Demos início ao procedimento “limpar o rabinho e tentar salvar a roupa”. Mas onde? Era uma emergência e não havia tempo a perder, toca de tirar o gorro, o casaco, entrar no carro e fazer aquilo que gostamos mais: mudar a fralda no banco do carro! Não foi a primeira vez, nem deve ter sido a última, mas sempre que acontece a mim só me dá para rir e ao Francisco só lhe dá para os nervos. Ela agora mexe-se muito, então ainda foi mais divertido, o trocador estava sempre a sair do sitio, ela não parava de mexer, começava a escorregar pelo banco, tirar a roupa suja, limpar, vestir roupa lavada, ela sempre a rir. O resto do passeio foi óptimo claro, mas ficou marcado por este cocó e por esta brincadeira de lhe mudar a fralda no carro.

Em vez de uma imagem com cocó achei que ficava melhor esta


terça-feira, 7 de março de 2017

Já passou um ano?

Ainda há pouco falei dos 6 meses da Carolina, mas dei por mim a pensar que de repente já passou mais de um ano desde que fizemos a primeira ecografia! Foi tão emocionante, ver o bebé pela primeira vez no ecrã, ouvir o coração a bater pela primeira vez, cair na realidade que vamos ser pais. Estava em pulgas, só queria ficar horas a olhar para aquele ecrã. Foi um dos dias mais felizes de sempre! O início da gravidez é sempre tão feliz e ao mesmo tempo angustiante, saber se está tudo bem, saber se vamos ser bons pais, saber se não estamos a fazer nada de errado, sonhar como vai ser o bebé, imaginar as roupinhas e o quarto. Já tenho saudades de estar grávida e ainda foi há tão pouco tempo! Quer dizer... Tenho saudades de estar grávida, mas não de vomitar este mundo e o outro, essa parte dispensava bem!


domingo, 5 de março de 2017

6 meses da Carolina

De repente já passaram 6 meses desde que a minha bebé nasceu, como é que é possível?! Agora é ver mudanças todos os dias, novas descobertas, novas gracinhas e eu sinto-me muito orgulhosa. A Carolina já se senta, dá muitos gritinhos (chega mesmo a guinchar para dizer a verdade!), agarra nos brinquedos e palra para eles, especialmente para o seu amigo sapo. Sorri muito, já se inclina para mim quando a chamo, já sabe que se chama Carolina, já se vira e fica sempre com um ar muito surpreendido quando o faz. Os dentes andam a chatear e temos tido uns dias um bocadinho mais difíceis, com mais choro e até febre já houve, esta fase dos dentes realmente é muito chata!
Hoje no seu segundo dia com 6 meses fomos à primeira aula de natação, foi tão bom e correu tão bem! Eu estava com medo que ela não gostasse e que fizesse uma birra, mas enganei-me bem, adorou chapinhar, brincar com as bolas e argolas e eu adorei o miminho e o tempo passado com ela a fazer uma atividade diferente. Ficámos fãs, vamos ver como vão correr as próximas aulas.


Antes da aula começar



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Realidades da maternidade #6 - Profissão: ser mãe!

Enquanto não volto ao trabalho posso ser só mãe. Um trabalho de 24h, com muitas alegrias, algumas chatices, dias bons e maus. Muito cansativo também, às vezes mais do que trabalhar! A vida mudou, continuo a fazer praticamente as mesmas coisas mas sempre com a Carolina. Não há dias de folga! Não me estou a queixar, estou a constatar apenas. Estou cheia de receio de voltar a trabalhar em duplo, mas desta vez a ser mãe e a ser enfermeira e não a ser enfermeira em dois sítios como antes.

Nós no passeio

sábado, 4 de fevereiro de 2017

5 meses de Carolina

A minha bebé fez ontem 5 meses, já sorri muito, já palra que se farta e grita, agarra nos pézinhos e rebola agarrada a eles, agarra nos brinquedos e larga-os logo, segue-nos para todo o lado, interessa-se por caras e estica sempre a mão para fazer festinhas (à bruta, mas eu entendo a intenção). Já  consegue ficar “sozinha” a brincar no máximo uns 15-20 minutos, mas já consigo ir mais vezes à casa de banho!! Adora tomar banho e já chapinha muito, já fica sentada com apoio da almofada de amamentação e vai buscar os brinquedos que tenha aos pés. Continua a mamar em exclusivo e espero que assim seja mais um mês. É uma fofinha, pelo menos aos meus olhos, não estranha ninguém e só chora quando quer mama ou se o seu intestino maroto andar muito tempo sem fazer o que lhe compete. Agora tem andado mais irritada, penso que são os dentes a dar de si. O tempo está a passar tão rápido e daqui a uns dias já estou de volta ao trabalho...

Carolina muito bem sentada e a pensar: "Espera só um bocadinho que já tiro os sapatos!"

Mãe acreditas que já tenho 5 meses?

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

E quando me sinto uma mãe assim-assim?

Ás vezes acho que me estou a safar no papel de mãe, outras vezes nem por isso. Na passada semana a Carolina esteve com tosse e muito entupida e consequentemente esteve mais irritada, a não conseguir dormir como costume e eu estive com dor de garganta, sem poder tomar nada que me curasse de verdade e por isso sem paciência. Andei a chás com mel, a tomar paracetamol, a comer rebuçadinhos de mel e com sono, muito sono! Se eu não dormir não funciono, se não durmo durante 3 dias então toda a minha paciência (que é mesmo muita) esgota-se!
A minha Carolina não teve culpa de estar doentinha (a culpa é do pai que esteve doente e pegou a toda a gente…), não tem culpa de querer mais mimo, mais mama, mais colo, mais mama, já disse mais mama? Não me senti a melhor mãe do mundo por não ter paciência quando ela acordava mais uma vez durante a noite e não me senti a melhor mãe do mundo por me deixar levar pelas emoções. Em vez de raciocinar que a minha filha só precisa de mim e que não está a fazer de propósito para me estragar a noite de sono, perdi a paciência, falei com desespero e desejei que ela se calasse só para eu poder dormir. Acho que faz parte de ser mãe ter dias bons e dias maus certo?

Como é que me posso chatear com uma coisinha tão fofa?!


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Há 10 anos atrás

Fez ontem 10 anos que eu e o Senhor meu marido começámos a namorar, uma data importante que continuamos a comemorar. Há 10 anos atrás nunca imaginei que estaria neste ponto da minha vida, tal como não imagino como estarei daqui a mais 10 anos. Tenho sonhos como toda a gente, mas gosto de viver um dia de cada vez e não me preocupar já com o que vem daqui a 10 anos. Há 10 anos atrás éramos praticamente duas crianças, tanto tempo livre que tínhamos, tanto passeio que demos, o motivo da discórdia era não ter mais destinos para passear (leia-se destinos que o nosso passe permitisse que o dinheiro não era muito!). 10 anos passados e continuamos felizes, juntos, cada vez mais parvinhos porque com a idade a parvoíce fica mais requintada. Temos histórias que já nos deram tanta dor de cabeça, mas quando contamos às outras pessoas acrescentamos sempre um toque de humor e acaba tudo a rir. Quantas vezes já dissemos: temos que escrever um livro intitulado de “A vida cómico-trágica de Sónia e Francisco”. 

Estamos agora mais felizes e mais completos com a nossa Carolina. Como ontem foi dia de festa fomos, pela primeira vez em 4 meses, jantar fora, só os dois e soube tãoooo bem. Já me tinham falado sobre a importância destes momentos a dois, mas a maternidade/paternidade tem ocupado tanto o nosso tempo que andámos a adiar inconscientemente este momento. Deixámos a Carolina com a minha mãe e lá fomos os dois comer bem, rir, conversar e andar de mãos dadas, não chegou a duas horas fora, mas foi muito bom!

Oh tanta felicidade :')
Nós mega catitas no dia do casamento (trabalho fotográfico 5 estrelas de Fernando Colaço, podem saber mais aqui)


Na sessão de grávidos (eu arrastei-o para isto mas depois ele gostou)
Mais uma da sessão de grávidos, muitos beijinhos na Carolina (fizemos a sessão com a Célia Lopes que é uma querida e muito profissional, podem ver mais sobre o trabalho dela aqui)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Realidades da maternidade #5 - Viver no Far West

Ser mãe ocupa tanto tempo que a minha casa se tornou muito parecida com um deserto, em que o pó faz as vezes daqueles tufos tão conhecidos das imagens do Far West (ver imagem ilustrativa). Eu bem tento, mas se passo uma semana sem aspirar lá vêm aqueles tufos de pó e eu sempre que passo por eles faço a banda sonora adequada claro! Quando é que o tempo vai aumentar e eu vou tornar-me uma doméstica como deve ser? Já para não falar do tamanho do cesto da roupa...

É a isto que me refiro, mas agora imaginem pó e não tão grande claro!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Nova surpresa na amamentação

Ao fim de 4 meses a amamentar em exclusivo eis que surge uma nova surpresa! Agora que eu achava que já estava tudo ok e que já não tinha que me chatear mais com isto… Tudo começou há uma semana atrás quando fui com a Carolina à consulta dos 4 meses, pesaram-na e desde a última pesagem engordou 10,5g por dia e devia ter engordado 12g (desculpem qualquer coisinha que eu diga a seguir, mas isto para mim é um autêntico preciosismo). A verdade é que nos dias que antecederam a consulta a Carolina andou um bocadinho mais irritada, mesmo depois de mamar, e eu associei ao facto de ela andar há dois dias sem fazer o seu cocó. Também pensei em fome e, após um dia com muito choro, descongelei leite que tinha tirado e dei-lhe, ela bebeu aquilo num ápice e dormiu descansadinha toda a noite (leia-se até às 6h). No dia seguinte andou mais calma e eu pensei que não fazer cocó, mais o rescaldo da viagem a devem ter deixado inquieta, mas agora que já estávamos em casa ía tudo entrar nos eixos. Só que não! A Enfermeira ficou preocupada com esta (para mim pequena) discrepância no peso e fez-me acreditar que eu não estou a produzir leite em quantidade suficiente. É possível, mas acho estranho a Carolina não se queixar mais com fome, não era suposto? Enfim aceitei não ter leite suficiente e comecei a tomar o Promil, a beber mais água (isto custa-me muito) e a amamentar mais vezes. A verdade é que o Promil é um espetáculo, bastou uma toma e notei logo diferença, pareciam as mamas do principio da amamentação (após regularizar da descida do leite claro!). Ontem nova pesagem e aumentou 90g numa semana, o que parece já preencher o requisito dos 12g por dia embora ainda achem pouco. A receita mantém-se até à próxima semana!

Falei desta “preocupação” com a Pediatra que nos disse que o importante é que ela não desça o percentil, que se mantenha bem disposta e mostrou-se mais apreensiva pelos intervalos entre os cocós da Carolina. De há dois dias para cá a miúda parece que se voltou a lembrar como se faz sozinha! O que tiro disto? Que uma mãe, para além de tudo o mais, também tem que saber selecionar a informação que quer ouvir/seguir dos profissionais de saúde porque não são coerentes entre si. Uns dizem uma coisa, outros outra… Para mim o importante é que a minha filha se desenvolva de forma saudável. Não estou nada preocupada, embora a Enfermeira tenha reforçado que o facto de eu estar preocupada inibisse a produção de leite, sei que estava só a fazer o seu trabalho, mas volto a dizer não estou nada preocupada! Estou muito feliz por estar há 4 meses a amamentar em exclusivo, nunca estabeleci limites e se a Carolina, por alguma razão, se mantiver sem aumentar o peso como o esperado (não me lixem com a diferença de 1g) eu introduzirei mais qualquer coisa para que fique satisfeita embora eu ficasse mesmo muito orgulhosa se fosse só aos 6 meses. Sem stresses, sem preocupações e feliz por poder amamentar enquanto poder!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Primeira viagem de carro

No dia de Natal fizemos a primeira viagem de carro com a nossa miúda. Passámos uma semana na Santa Terrinha e demos imensos passeios. A viagem são três horas e pouco e estava com receio de que fosse dificil, mas a verdade é que a viagem de ida foi super tranquila (excepto a saída de casa que como sempre é um caos), foi quase todo o caminho a dormir, fizemos duas paragens e não era nada com ela. Aproveitamos a semana para visitar a família, que ainda não conhecia pessoalmente a Carolina, e para passear. Tirámos muitas fotografias e houve direito a muitas primeiras experiências, como ir à neve! Agasalhamos a Carolina e lá fomos nós, ela não estranhou nada, de tanto passeio dentro do sling acabou por adormecer e viu a neve para dentro. 

Nós na Serra da Estrela

Foto de familia no Piodão
Em Belmonte
Dentro do sling no Piodão a dormir como costume

Já a viagem de regresso tem muito que se lhe diga! Acho que nunca tinha parado em tantas estações de serviço. A viagem foi de estação em estação! Aconteceu de tudo um pouco… Levávamos o carro cheio até ao cimo e ia tudo muito bem empacotadinho, quando paramos para almoçar reparámos numa linda poça que se veio a revelar ser leite, um pacote que trazíamos rebentou! Ahh que lindo espetáculo, toca de tirar tudo de dentro do saco onde vinha o pacote, limpar e voltar a arrumar, uma senhora vendo tão bonito espetáculo até nos doou um pacote de lenços (via-se no seu olhar a pena). Voltámos à viagem e a Carolina começa a chorar (hora de mamar), alimento a rapariga, mudamos a fralda à MacGuiver dentro do carro em cima do meu colo e vamos a caminho. Mal entramos de novo na estrada a Carolina começa de novo a chorar, um choro que foi crescendo exponencialmente até ao ponto em que já era um grito! Tentámos tudo: cantar, brincar, acalmar, mas nada resultou e assim decidimos que iríamos parar na próxima estação de serviço. Assim foi, tirámos o ovo para fora e a rapariga acalmou, pausa para café e como estava sem chorar decidimos voltar à viagem.  De novo na estrada e… novo momento de choro! Voltamos a tentar tudo e eis que uma ideia brilhante surge: vamos ligar a lanterna do telemóvel! Calou-se, afinal não queria ir às escuras (começámos a viagem de dia, mas agora o sol põe-se tão cedo, acho tão deprimente) porque devia pensar que ia sozinha, não sei, é a única explicação que encontro… Dormitou, acordou, choramingou, mas lá conseguimos chegar a Lisboa e pumba uma caixa com chocolates que vinha no meu colo, que eu me tinha esquecido que lá estava, cai no chão, que doce final de viagem!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Realidades da maternidade #4 - A complexidade de sair de casa

Sair de casa deixou de ser só sair de casa, agora é todo um processo! Agora já estou uma profissional e nos dias bons até já é um processo célere. A primeira etapa é arranjar tempo para eu me arranjar, chego ao ponto de acordar cedo, quando o Francisco se levanta, para poder tomar banho sem que a jeitosa proteste. Nos dias em que não acordo mais cedo é um verdadeiro filme (nem em todos os dias, mas muitas vezes vá)! Tento adormece-la, se resultar fica no berço, se não resultar meto-a no ovo e deixo-a à porta da casa de banho. Se começa a chorar tenho que me vestir em segundos, muitas vezes visto-me por partes, ora ponho a chucha, ora esfrego creme, volto  pôr a chucha e calço as meias, abano o ovo mais um bocadinho e é a vez das calças, é muito divertido! Acho que toda a gente devia experimentar este método inovador. Chega o momento de arranjar a Carolina, ela gosta de estar despida, já vestir não acha tanta graça, tem que ser tudo muito rápido. Terceira etapa arrumar a mala da Carolina, habitualmente já tenho a maioria das coisas lá dentro, é só acrescentar fraldas e uma ou outra coisa que possa fazer falta. Quarta etapa a saída de casa em si, agarrar na mala dela, pôr a minha mala ao ombro, segurar o ovo, procurar a chave do carro (por mais que tente tenho sempre que a procurar), encontrar a chave de casa, pousar o ovo para procurar como deve ser, agarrar o ovo novamente, sair de casa, entrar no elevador, pousar tudo no chão da garagem, encaixar o ovo e ir! 


P.S.: Ahhh quando levo os sacos do ginásio (meu e do marido) é tão, mas tão mais divertido…