quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Crónica de um grande cocó

Depois de ter feito um grande cocó em que sujei a roupa toda e ter deixado, também, um rasto no trocador a mãe ficou sem saber o que fazer. Sozinha, sem ajuda do pai, não conseguia preparar a água para o banho porque não tinha onde me deixar sozinha com todo aquele cocó. A mãe é brilhante é só o que digo! Como eu tinha que tomar banho ela levou-me toda nuinha para a casa de banho e enfiou-me dentro do lavatório onde me deu uma rica banhoca. Chapinhei muito, molhei toda a bancada, mas fiquei muito feliz e cheirosa.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Sair para jantar fora

Desde que a Carolina nasceu já fomos a dois jantares de aniversário e a um casamento, mas sair é sempre uma odisseia, até agora sempre com final feliz. 
Fase 1 - Carrinho não passa na porta do restaurante, tira ovo, fecha o chassi do carrinho, entramos no restaurante, abrir chassi, encaixar ovo. 
Fase 2 - Tirar uma cadeira da mesa, encaixar o carrinho o melhor possível, certificar que toda a gente passa e que não incomodamos ninguém, certificar que temos espaço para abanar o carrinho.
Fase 3 - Não há trocador na casa de banho nem espaço para tal? Não há problema! Abrir o trocador de viagem em cima de uma mesa, receber um olhar ameaçador de um dos empregados, fazer de conta que não vimos, trocar a fralda e guardá-la para colocar num caixote apropriado.
Fase 4 - Carolina cansa-se de estar no ovo. Tiramo-la, colocamos ao colo, colocar a chucha, conversar, cantar, fazer mil caretas e brincadeiras, ao final de 10 minutos já está farta. Mudar para o colo de outra pessoa, depois de rodados todos os colos possíveis entra o próximo passo: andar com ela ao colo para ela poder cuscar à vontade. Atenção às cadeiras, atenção às pessoas, atenção com os empregados de mesa.
Fase 5 - Jantar por turnos: ora o pai, ora a mãe, ora os amigos, ora os padrinhos, etc.. Jantar só com uma mão, importante escolher os pratos mais adequados tendo em conta este aspecto.
Fase 6 - Jantar concluído com sucesso, colocar bebé de novo no ovo, sair do restaurante, adormecer durante a viagem para casa.

sábado, 19 de novembro de 2016

Realidades da maternidade #1 - Dormir

Na verdade a realidade é não dormir ou não dormir como anteriormente! Toda a vida dormi como um anjo, até na gravidez fui daquelas sortudas que dormiu bem até ao ultimo dia. Agora desde há 2 meses que aprendi como viver a dormir pouco e atenção que eu sou enfermeira e trabalhava por turnos, em dois locais diferentes e acabei uma pós-graduação durante a gravidez. Numa noite do primeiro mês de vida da Carolina (depois de acordar algumas vezes) tive que abrir um pacote de toalhitas e não conseguia, tentei, puxei, fiz trinta por uma linha e tive que acordar o meu marido e disse-lhe: “não consigo abrir esta porra!”. Com um olho aberto e outro fechado o meu marido ficou a olhar para mim, tirou-me o pacote da mão e abriu-o. Agora vocês perguntam: mas os pacotes não têm uma abertura fácil? E eu respondo: pois! O que não sabem é que nós, pessoas com restrição do sono, queríamos (e conseguimos na verdade) abrir o pacote por uma das laterais porque naquele momento fazia todo o sentido. Claro que no dia seguinte de manhã foi uma risota a olhar para aquele pacote desfeito.

Apresentação

Casada há 2 anos. Mãe de uma menina há 2 meses. Uma gravidez santa pode-se dizer. Um final que eu não estava à espera e saiu-me uma cesariana na lotaria! Ao que parece não tenho uma boa bacia “parideira”. Dramas à frente…  Desde que entrei no clube das mães apercebi-me do tão desesperante pode ser cuidar de um bebé 24 sobre 24h e por isso, como boa parva que sou, tenho tornado os momentos menos bons em boas histórias para rir mais tarde. É isto que pretendo com o blog partilhar algumas das minhas melhores histórias sobre a maternidade e quem sabe alegrar o dia de quem lê.